sábado, 17 de novembro de 2007

Sobre a fragilidade dos negócios humanos e suas distorções ao espírito social e capitalista.


Sobre a fragilidade dos negócios humanos e suas distorções ao espírito social e capitalista.



A psicologia do produtor, como dizia Russel, é distinta a das pessoas comuns, quem produz um valor (produto tangível ou não) têm em mente dois tipos principais de gente: o cliente e o concorrente. O primeiro é benéfico aos negócios e gera, com a realização da venda, o lucro; o segundo prejudica a capacidade de ganho e deve ser conhecido e repudiado. Existem no cerne dos negócios as propensões de se conhecer melhor os concorrentes e, portanto naturalmente, elaborar se uma defesa a eles.
(Lembremos que existe esforço contínuo de marketing para conhecer o cliente e seus hábitos, temos que constar ainda, que tais estudos não são ao meu ver conclusivos e sim estimados, a concorrência e custos internos são obviamente mais fáceis de definir e quantificar ao invés de uma grande massa de consumidores com desejos subjetivos e difusos).
Da mesma forma que um açougueiro ou um padeiro não quer perder sua clientela, em raciocínio análogo, as nações estrangeiras protegem (em maior ou menor escala) seus mercados da concorrência externa fazendo políticas de proteções tais como: sobretaxa, cotas de importações, impostos e limites para remessas a exterior. Tais ações geram um impacto na balança comercial dos países, pois, se utilizo uma política protecionista coloco meus colegas (outras nações) em posição defensiva, logo também tenho dificuldades em vender meus produtos e em conquistar divisas em moeda estrangeira para comprar produtos que desejamos ou necessitamos oriundos do exterior.
Assim como a fábrica necessita da circunvizinhança da natureza, do mundo para obter matéria prima e colocar seus produtos, a ação, de modo amplo, não se faz no isolamento. Há no espírito humano a demanda por agrupar-se, de viver em conjunto, de formar relações entre si e o mundo que o cerca. E nesta tentativa de interagir na esfera social o trabalho transforma o homem e é transformado pelo mesmo, a cada instante modificamos o ambiente em que vivemos, alteramos as realidades e níveis de existência, conquistamos novos continentes, espaços e hoje somos capazes de atravessar o globo em instantes. Transmitindo sinais elétricos de um ponto a outro, viajando em aviões, carros ou trens. Nos comunicamos por TV, internet, correio, telefones celulares e etc. Compramos das mais diversas partes os mais diferentes produtos e chamamos este momento da história humana de globalização.
Entretanto as pessoas temem, com certa razão, serem deslocadas da vida econômica, e se verem privadas de tudo. Pessoas matam ainda umas as outras em intervalos irregulares de tempo, a distribuição e produção da riqueza é um problema ainda por ser discutido e solucionado (concentração de renda, educação e geração de tecnologia), de tal modo, que qualquer um que pensar no futuro esta condenado a viver no medo e no terror. Questões sobre qualidade de vida, sobrevivência, educação e emprego; afligem os jovens cuja energia e disposição extrapola em muito a experiência procurada pelo mercado de trabalho. (vide orçamento do governo, gasto públicos, dependência econômica, balança comercial e de serviços).
Existe a necessidade, urgente de se considerar as finanças e as indústrias como partes de um mesmo todo, entretanto, são em maioria analisados separadamente, logo, os interesses dos banqueiros não agradam o público em geral e os industriais (que poderiam gerar os empregos e renda demandados) são levados à retração de negócios e desinvestimento. (vide políticas monetárias e demanda por moeda, taxa de juro, citar Keynes). (Y = C + I + G + (X-M)) Temos, portanto algumas premissas: o labor como uma das mais estimadas atividades humanas (importância do trabalho no mundo moderno); o homem como agente transformador; a sociedade que nada mais é que uma teia de relações humanas existindo para servir e preservar os direitos do indivíduo e finalmente, a percepção sobre os fatos e acontecimentos alterando a ação/reação sobre o mesmo (o homem no universo e este que se revela ao olhar relativo e limitado humano).

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