quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Educação, novos paradigmas (título provisório).

Educação, novos paradigmas (título provisório).



Educar o sujeito não é tarefa fácil, nem mesmo um processo garantido, tais quais os químicos e físicos ou exatos. Homens e mulheres são ao mesmo tempo produtores e produtos, por assim dizer, a partir de uma totalidade que se constitui em aspectos biológicos, sociais e psicológicos ora influenciando, ora determinando suas ações, pensamentos e sentimentos. O processo educacional é mais uma variável dessa longa lista que poderíamos aqui fazer desse conjunto incerto da humanidade.

Contudo, o professor não deve se deixar abater pelas incertezas, ao contrário, ele deve sim, fornecer todo o tipo possível de experiências e mediações para que o estudante possa construir, relacionar, comparar, e intervir na realidade a sua volta. Os docentes, em conjunto com os responsáveis pelo aluno, têm papéis fundamentais na divulgação e ensino de valores éticos e sociais a fim de possibilitar uma sociedade justa, fraterna, na qual o acesso a bens econômicos/sociais e direitos sejam condição comum a todos.

Desde o fim da Segunda Guerra as organizações mundiais estabeleceram critérios e parâmetros para que o massacre e o genocídio não mais fizessem parte do cotidiano do homem moderno. O ideário de cidadania e da não violência, uma influência benéfica, se reflete na composição de documentos da UNESCO que prega um mundo de diálogo e cooperação. Infelizmente, as implantações desses padrões ainda estão em processo e têm falhas. Diante disso, nossos Parâmetros Curriculares apontam para uma interferência na sociedade e entorno humano. O Enem, por exemplo, tem como um de seus eixos a intervenção solidária na realidade, que respeite as diferenças sociais, os sujeitos e busque uma composição social mais igualitária.

A meta do educador está, portanto, na concepção de um sujeito não somente conhecedor de ciências, arte e línguas, mas de uma pessoa sensível, capaz de transformar a realidade a sua volta, que entenda as injustiças e participe no seu combate. Escola, docentes e famílias têm uma tarefa: contribuir na constituição de um sujeito novo que faça boas perguntas e busque respostas para os desafios do cotidiano.