Viagem (original)
A sete palmos enterrado, em minha tumba confinado;
Morri de sonhos e vermes, hoje observo, minha putrefada carne agida pelo tempo, mastigada.
Cuspo, a madeira apodrecida pelos anos;
Onde estão os delírios que sonhei?
Cadê o paraíso, onde está, a ilha dos prazeres?
Mundo mortal deixei, pelo túnel amigo.
O vento abraçou-me, e a escuridão foi meu guia.
Ah versos tolos no qual, mal consigo descrever o desespero que transpassa tépido revestimento.
Sonhos, momentos inexistentes, por que nunca os tive?
- Quero Ópio!
- Quero estar entorpecido!
- Quero ter prazer!
- Vou dormir...
Que os vermes apodreçam também...
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