Em minhas viagens pelo Brasil, minhas parcas idas e vindas. Deparei-me com variados tipos de educadores, alunos e instituições de ensino, alguns com caráter progressista e dialético, outros mais imersos nos problemas diários, suas burocracias, e ainda, grupos com reflexão ligeira.
Contudo, um conjunto de professores no qual estava a apresentar uma atividade a ser usada aos alunos do fundamental, me chamou à atenção: primeiro eles desconheciam o nome da brincadeira de pique que propunha; e depois de minha explicação tímida – pois parecia que dizia em outra língua a eles – a correção vinda do grupo e porque não, a contextualização do coletivo se fez. De corre-cotia; inicialmente proposto para chicotinho queimado...
Em certa medida o cotidiano pode e deve fornecer os problemas e as atitudes as serem laboradas na instituição escolar, entretanto, não basta tratarmos de nosso local sem se fazer o vínculo com a realidade global e conseqüente conscientização do sujeito. Para tanto, compreender aspectos da complexidade e situações que os diversos conteúdos se encaixam torna-se missão do docente.
Em certa medida o cotidiano pode e deve fornecer os problemas e as atitudes as serem laboradas na instituição escolar, entretanto, não basta tratarmos de nosso local sem se fazer o vínculo com a realidade global e conseqüente conscientização do sujeito. Para tanto, compreender aspectos da complexidade e situações que os diversos conteúdos se encaixam torna-se missão do docente.
Daí a escolha de uma seqüência didática (material didático) para referenciar o trabalho do aluno, e o uso por parte do professor das diversas estratégias com a finalidade de facilitação do estudo e tomada de posições do discente. Também é relevante e deve-se destacar a assunção de temáticas, problematizações e contextos pelos pupilos, pelas crianças, pois o ensino não pode ser somente um método de depósito de nomes e fórmulas nas mentes dos estudantes.
Pensando isto, e muito mais, deixei o grupo me ensinar como se brincava de chicotinho queimado, percebi a semelhança com o meu corre-cotia (paulista) e propus ao grupo como poderíamos conceber um jogo para as crianças, aos alunos, de maneira simples rápida e que proporcionasse uma avaliação para o professor. Ao fazer isto não abandonei o meu planejamento, pelo contrário, fiz a atividade inicialmente proposta, mas agora tive comigo, colaboradores outros que se sentiram ativos, participantes, na construção do ato pedagógico.
Confesso que foi engraçado ver as professoras e professores brincarem como se 7 ou 8 anos tivessem, confesso que entrei na roda de brincadeira também, e os materiais usados não foram nada além que: diálogo, escuta, reflexão, canto, umas cadeiras, papel e caneta...
Não utilizamos computadores de última geração, nem mesmo mecanismos complexos descritos pela neurologia, muito menos objetos da moda consumista... Uma brincadeira tradicional, proporcional aos níveis de ensino que pretendíamos atuar, a leitura, a escrita, trabalho em grupo, respeito, diálogo, lateralidade, contagem, e ainda, ludicidade foram bem explorados...
Não utilizamos computadores de última geração, nem mesmo mecanismos complexos descritos pela neurologia, muito menos objetos da moda consumista... Uma brincadeira tradicional, proporcional aos níveis de ensino que pretendíamos atuar, a leitura, a escrita, trabalho em grupo, respeito, diálogo, lateralidade, contagem, e ainda, ludicidade foram bem explorados...
Fábio Visioli - Pedagogo pela USP - RP e Consultor educacional